Hoje estive a assistir a uma aula das minhas filhas. É tão engraçado o paralelismo entre a Mentorização, o Coaching Empresarial e as aulas do segundo ano.
Para mim foram momentos de brilhantes flashes do óbvio (momentos em que nos apercebemos de algo tão simples, mas que apenas nesses momentos ecoam dentro de nós de forma especial).
Desde a primária que existem trabalhos de casa. São passados para permitir cumprir o desenvolvimento das aprendizagens programadas para esse ano letivo. Mas quantos de nós escapavam aos trabalhos se ninguém perguntasse por eles? É ou não é importante que o professor faça um acompanhamento do que foi prescrito de forma que se realizem as tarefas?
Num processo de Mentorização ou de Coaching acontece algo semelhante. Seja qual for o processo, para que haja consolidação é importante medir, avaliar e ajustar.
Existem várias definições para Coaching, mas de uma forma MUITO simplificada, para mim Coaching é acima de tudo uma linguagem. Um processo de comunicação e autoconhecimento que permite ultrapassar através de perguntas, bloqueios e barreiras auto-impostas, para atingir os objetivos determinados.
A diferença entre Mentorização e Coaching é que o Coaching é isento de emoção e assume-se que o conhecimento está dentro do Coachee. No caso da Mentorização, alguém que já passou pelas experiências ou que tem conhecimentos relevantes para o desenvolvimento do mentorizado, a um determinado nível (pessoal, empresarial ou até espiritual), e o mentor usa esses conhecimentos para apoiar o mentorizado nesta sua caminhada.
Seja qual for o processo existem 5 passos que são essenciais:
- Conhecer bem o objetivo
- Clarificar o processo ou definir a estratégia
- Definir as ações/tarefas a Executar e como serão medidas
- Agir
- Medir os resultados
E medir os resultados é essencial. Esta lição, se não acontecer antes, acontece pelo menos na primária quando o professor revê os trabalhos de casa. Rever implica verificar se foram feitos e quais os resultados obtidos e corrigir o necessário. No mundo empresarial corresponde a medir e melhorar e como se diz, numa frase tantas vezes atribuída a Peter Drucker (identificado por muitos como o pai da Gestão Moderna): “o que não se mede, não se gere”.
Fala-se muito das primeiras fases do processo mas é esta exigência da prestação de contas que garante que os bons hábitos são estabelecidos e que a motivação se renova apesar dos altos e baixos.
As questões que se colocam aqui são simples: basta falar com um amigo ou devo falar com um profissional? Porquê um Profissional devidamente certificado? Como escolher o melhor profissional para me acompanhar?
Vamos por partes.
A quem prestas contas actualmente? Tens alguém que te acompanhe no âmbito do teu negócio? Com quem tiras dúvidas ou discutem estratégias?
Quando as estratégias estão definidas, com quem partilhas os desafios, os resultados e as conquistas? Quem puxa pelos teus sonhos e te tira da tua zona de conforto?
Normalmente os empresários estão sozinhos nestas tarefas, apesar do grupo de amigos, apesar da família. Isto acontece porque ninguém se interessa tanto pelo seu negócio e pelos seus sonhos como o próprio e existem outros temas com interesse partilhado.
Quando contrata um especialista em negócios, está a partilhar esta jornada com alguém que o compreende. Alguém cuja experiência permite antecipar obstáculos ou bloqueios. Alguém que reconhece o esforço, os sucessos e os desafios. Alguém cuja prioridade e foco é o sucesso.
Não tem de ser o melhor técnico. Não tem de ser especialista na tua actividade específica. Tem sim, de ser especialista em estratégia, em negócios e em pessoas. Tem de compreender os mecanismos por trás das ações e tem de ser capaz de te desafiar. Para isto formou-se. Não é um mero curioso que te quer ajudar.
Partilhar as dores e anseios com alguém experiente permite evitar cometer alguns erros. Resta saber quem é esta pessoa.
Existem vários especialistas capazes de te ajudar. Procura. Descobre com quem te identificas. Acima de tudo deve cumprir 3 premissas:
- Autoridade – ser alguém que sabe do que fala;
- Credibilidade – ser alguém em quem reconheces competências;
- Empatia – ser alguém com quem te consigas abrir e que se consiga pôr no teu lugar.
Se acreditas que ainda há muito potencial para o teu negócio, não deixes procurar ajuda. Não precisas decidir logo, mas pelo menos dá o primeiro passo. Vai à procura da pessoa certa para ti, para o teu negócio. Garante que cumpre todos os requisitos. Depois? Depois aproveita o processo e descobre todo o teu potencial.