Falar de competências para a gestão emocional significa falar das competências necessárias para reconhecer e gerir os nossos sentimentos e os dos outros, permitindo resolver situações emocionalmente instáveis e estabelecer e manter relações intra e interpessoais.
Intrapessoais porque é fundamental a aceitação do eu e interpessoais porque como ser social estas ditam a nossa capacidade de nos adaptarmos e interagirmos no mundo.
Considerando que a inteligência funciona de forma integrada em que o nosso cérebro trabalha do lado esquerdo a capacidade de raciocínio lógico (quociente intelectual) e do lado direito a capacidade de lidar com as emoções (quociente emocional) e que estudos afirmam que um elevado nível de Q.I. não garante por si só o sucesso seja ele profissional ou pessoal, torna-se premente para os líderes a necessidade de conhecer, perceber e desenvolver o Q.E. de todos os elementos da sua equipa, na qual também se incluem (caso haja dúvidas).
Dito isto, podemos apoiar-nos por exemplo nos domínios da Inteligência Emocional como definida por Daniel Goleman:
- Competências pessoais – determinam a forma como nos gerimos a nós próprios
- Autoconsciência (capacidade de se analisar e avaliar assertivamente; define a autoconfiança)
- Autogestão (capacidade de se controlar, manifestar e adaptar ao ambiente e aos outros, a orientação para a realização e a capacidade de tomar a iniciativa e ser positivo)
- Competências Sociais – Determinam a forma como nos relacionamos com os outros
- Consciência social (capacidade de empatizar e noção de consciência organizacional e orientação para o serviço ao outro)
- Gestão da relação (capacidade de liderar, influenciar, do desenvolvimento dos outros, da promoção da mudança, gerir conflitos e trabalhar em equipa e colaboração)
Analisando aquelas que são as competências essenciais para a gestão emocional, percebemos que nos estamos a focar em soft skills e que são estas que nos permitem estabelecer relações fortes e positivas que impactam diretamente o local de trabalho e a performance ou os resultados da empresa.
Uma vez que este trabalho permite apenas o desenvolvimento de 3 das soft skills acima enumeradas, gostaria de desenvolver a importância da autoconsciência, da empatia e da liderança:
A autoconsciência tem de ser visto como o pilar da Inteligência Emocional porque se não se conhece a si próprio, como quer conhecer os outros?
Só quando é trabalhada esta competência, conhecendo os seus próprios defeitos e as suas qualidades é que se torna um profissional autoconsciente capaz de se controlar em acção, reconhecer os padrões no seu comportamento e no dos outros (triggers). Esta competência permite preparar-se para agir de forma proactiva e em conformidade com o que está a acontecer e vai impactar outra competência fundamental neste domínio, a autoconfiança, mas serão as competências que adquire ou desenvolve no domínio da autogestão que irão definir a forma como efectivamente age.
Quando passamos do domínio do eu para a consciência do outro, é fundamental perceber os outros. A competência necessária para que isto aconteça é a empatia. Esta competência permite-nos compreender os sentimentos, as necessidades e as preocupações alheias. Só quando efectivamente “captamos” os sentimentos e pontos de vista dos outros é que somos capazes de nos interessar activamente pelas coisas que os preocupam.
Na empatia existe uma orientação para o serviço: antecipamo-nos. Passamos a reconhecer e a satisfazer a necessidade do outro sem que ele tenha de nos dizer. Isto permite-nos compreender a diversidade, aceitar diferentes pontos de vista e progredir aproveitando oportunidades.
A empatia permite também apercebermo-nos das correntes emocionais e das relações de poder que existem num grupo. É esta vertente política que a enquadra no domínio das competências sociais e permite depois desenvolver as competências de consciência organizacional e posteriormente a orientação para o serviço ao outro.
Por fim gostaria de falar de liderança.
Muito se tem dito, escrito, comentado sobre liderança. O perfil de um líder é amplamente trabalhado na literatura, mas para este efeito vamos focar-nos na liderança enquanto competência na relação com o outro. A competência de liderança é manifestada na capacidade extraordinária de fazer com que o outro o siga sem forçar o acto. E o que significa isto? Significa que pelo conhecimento que tem de si, pelo conhecimento que tem dos outros, aquele que apresenta as competências de liderança sabe chegar ao outro, sabe comunicar aquele que é o seu ideal, aquela que é a sua visão, aquele que é o seu objectivo.
Todos nós somos assediados por algo que seja maior do que nós e isso está patente por exemplo na religião, na política, no desporto e na música… Todos nós assistimos a isso quando em 2016 um país se juntou em torno de Fátima (religião), Futebol (desporto) e “Fado” (música). Todos nós fizemos parte de um colectivo que seguia um líder enquanto representante de um ideal, de uma consciência colectiva. Ser líder é isto. Não está definido em termos de nº de pessoas a impactar, mas o líder consegue transmitir uma ideia, um sentimento, mas é na capacidade de influenciar (levar à acção) e trabalhando as restantes competências relacionais que se conseguem atingir resultados consistentes de elevada performance.
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